Marcelo Tas e a vagina

Compartilho com vocês uma reportagem muito bacana feita pelo Marcelo Tas (CQC) sobre a vagina, seus mistérios e preconceitos.

Muito legal um jornalista abordar tão abertamente o tema.

Aproveitem!

Parte 1
Parte 2

Apple

De uma amiga, postando no Facebook pela primeira vez de seu iphone:

"How great is to check your email, listen to music, choose a movie/restaurant, make phone calls and post a facebook message - everything with the same device! I am a huge apple fan!"

Eu também!

Quem criou o mouse e o melhor sistema operacional que existe, além do iphone, merece respeito.

Na foto: Steve Jobs e Steve Wozniak, fundadores da Apple, pouco após o lançamento do primeiro Macintosh.


Marina Silva Presidente?


Há alguns dias surgiu um convite para a senadora Marina Silva PT/AC se candidatar à Presidência da República pelo PV.

O movimento ambientalista está em polvorosa.

Estou me informando a respeito...ainda não sei o que dizer da viabilidade de tal candidatura.

Seria um outro Silva na Presidência da República?

Abaixo, artigo interessante sobre o assunto.

Marina não está blefando

Do blog do Alon:

A arrogância instintiva levará alguns a concluir, apressadamente, que o gesto suavemente favorável da senadora Marina Silva (PT-AC) a respeito de uma possível candidatura presidencial pelo PV é só um balão de ensaio, fadado a murchar logo ali. Um movimento para cacifar-se e reverter o esvaziamento do capital político dela no PT. Coisa para ser resolvida com alguns telefonemas (um deles de Luiz Inácio Lula da Silva), palavras doces em público, ameaças veladas em privado e acenos de poder futuro. E bola pra frente.

Eu tenho sinceras dúvidas sobre esse enredo.

Eis um capítulo complicado na análise do teatro político: diagnosticar o que percorre o espírito dos atores que fazem os personagens. O problema é que sem tal diagnóstico o analista corre um risco grande: ao auscultar só o que vai pela própria alma e enxergar o exterior apenas “objetivamente”, acaba confundindo a realidade com o desejo dele próprio. Como se o seu desejo fosse o único. Claro que não é.

O desejo sincero e profundo no PT é que a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente seja mesmo só um blefe. Já no PSDB, o desejo é que seja para valer, mas nem tanto. Um vetor que complique a vida de Dilma Rousseff no primeiro turno, ajude a provocar um segundo turno (ou mesmo um triunfo oposicionista no primeiro) e evite o cenário de plebiscito que Lula arquiteta 24 horas por dia para 2010. Mas que fique por aí. Uma linha auxiliar.

Daí que no PT pululem teorias sobre o dedo tucano nessa história. Se o PSDB estiver mesmo por trás do assédio do PV a Marina Silva, o partido de Aécio Neves e José Serra está de parabéns. No PT não se discute outra coisa nos últimos dois dias. Nem que seja nos intervalos da reflexão sobre como conseguir ao mesmo tempo apoiar José Sarney e ficar bem com a opinião pública.

Mas, e Marina, o que quer?

Talvez a análise devesse fugir um pouco do achismo e das teorias conspiratórias e concentrar-se aí. Ela deseja cacifar-se no Acre? Para que exatamente?

O estado é dominado pelo PT e ali a eleição está definida antes de começar. Se o próximo governador não for Tião Viana e se os senadores não forem Jorge Viana e Marina Silva (no caso de ficar no PT), vai ser a maior zebra das eleições brasileiras em todos os tempos. Algo como o Fluminense ganhar este Campeonato Brasileiro de 2009.

Marina tampouco será vice. E voltar ao Ministério do Meio Ambiente num governo do PT? De novo: para quê? Para ficar demissível por Dilma?

Políticos não caminham voluntariamente para trás, e por esse estágio Marina já passou. Aliás, sobreviveu à experiência. Conseguiu inclusive um feito: surpreender com a demissão um Lula habituado a fritar, desidratar e demitir na hora que mais lhe convém. Como aliás faz todo príncipe.

Tive a oportunidade de entrevistar por quase uma hora Marina Silva há pouco mais de um mês na tevê.

Ela havia falado ao Valor Econômico, com críticas ao governo. A ex-ministra acusou haver um desmonte da agenda ambiental.

Na tevê, Marina não só repetiu a crítica mas incluiu o PT no rol de partidos que não têm compromisso estratégico com tal agenda. Ela sequer se preocupou em fazer a gradação de praxe, habitual na política. Foi na jugular.

Se eu tivesse que apostar, apostaria que a senadora não está blefando.

Se for isso mesmo, e se o PV resistir às inevitáveis pressões palacianas para que desista do projeto, Lula, Dilma e companhia dela estarão com um belo abacaxi para descascar.

Segundo nosso presidente, o Brasil está completamente preparado para eleger uma mulher, desde que tenha história, coragem e compromisso com as grandes causas sociais.

É isso que Lula vem repetindo sempre que pode. Se serve para uma, por que não para duas?

P. Externa Brasileira


O Brasil e a agenda de Obama
Rubens Ricupero

Política anacrônica do país deixa livre o campo a um acordo histórico para o qual se dirigem os EUA e a China

A MARCA principal da estratégia de Obama não é o multilateralismo nem o multipolarismo, mas a multiplicação de grupos de parceiros para lidarem com os problemas complexos de uma agenda renovada.
Não se trata de multilateralização, a ênfase em organizações como a ONU, o Fundo Monetário e a Organização Mundial de Comércio, todas necessitando reformas que nem começaram. Tampouco é multipolarismo, o reconhecimento de polos, isto é, centros de poder dotados de hegemonia regional sobre os vizinhos. Do tipo das coalizões de geometria variável dos anos 1990 ou do G20 dos nossos dias.
O que se quer é criar parcerias com países que aportem contribuição de recursos próprios para resolver desafios, não a suposta capacidade de coagir vizinhos menores. A ideia é reunir grupos de países capazes de agir juntos para tratar de questões espinhosas incapazes de solução em assembleias numerosas e heterogêneas.
Depois de terem vivido oito anos em mundo imaginário no qual a agenda foi islamizada, os americanos estão de volta a este velho e sofrido planeta. Aqui redescobrem agravados os problemas que desleixaram: os macrodesequilíbrios na raiz da crise financeira, o aquecimento global, a urgência de redução dos arsenais atômicos já proliferados, continentes inteiros riscados do mapa de Washington, como a África e a América Latina.
Enfraquecidos pela crise e pela sangria da guerra permanente, sabem que precisam dos outros e buscam a ajuda de parceiros novos. A prioridade é para a China, "a parceria para plasmar o século 21", nas palavras de Obama, incontornável na economia, na mudança do clima, na estabilidade do Oriente, incluindo o perigo atômico norte-coreano.
Vem depois a Rússia na redução das armas estratégicas, na influência sobre o Irã, no Afeganistão, na garantia de abastecimento de petróleo e gás. A Índia é a terceira na ordem, devido à massa da população, à ajuda no conflito afegão-paquistanês, à luta contra o terrorismo, às armas nucleares. A escala prioritária transparece claramente no cronograma de visitas e encontros de Obama, do vice-presidente, da secretária de Estado, Hillary Clinton, concentrado nos parceiros novos, sem descurar dos antigos: Europa, Japão e Canadá.
Há até lugar para caso raro como o do Brasil, que só tem "soft power", pois não é potência nuclear nem militar, está longe da zona de conflitos islamizados e dispõe apenas de meios econômicos modestos. Podemos exercer influência construtiva nos confrontos cada vez mais numerosos da América do Sul, nas negociações agrícolas, na saída da crise financeira. Onde, porém, teríamos de fato condições para fazer diferença é no aquecimento global, que começa a ocupar posto central na agenda.
Pena que, em vez de assumir a liderança da busca de consenso contra a mudança climática utilizando o que faz de nós uma "potência ambiental" -a Amazônia, a biodiversidade, a água, a energia limpa e o etanol-, o governo insista em política anacrônica e defensiva. Deixa livre o campo a um acordo histórico para o qual se dirigem os EUA e a China.
Quando americanos e chineses se entenderem, não nos restará remédio senão seguir a reboque. O Brasil terá desperdiçado chance que não mais há de se repetir de ter sido fator decisivo para a solução de um dos maiores desafios da humanidade.

RUBENS RICUPERO , 72, diretor da Faculdade de Economia da Faap e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, foi secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e ministro da Fazenda (governo Itamar Franco). Escreve quinzenalmente, aos domingos, nesta coluna.

rubric@uol.com.br

A melhor...

...performance de um conjunto musical que já vi na vida!

Mick Jagger encarnou o diabo...como ele gosta!

Rolling Stones Rock and Roll Circus - Sympathy for the Devil 1968



Woo Woo, Woo Woo

Da coluna de hoje de Ancelmo Góis, O Globo

"No mais

Texto rabiscado há exatos 40 anos na cela 426 da Ilha das Flores, no Rio, reproduzido nos diários de prisão do historiador Israel Beloch:
“Na tarde de domingo, 20 de julho de 1969, às 17h20m, enquanto Rui Xavier, Elio Gaspari, Francisco Cordeiro, Luis Carlos Pereira, Milton Gaia e Nielsen Fernandes ocupavam esta cela, dois outros homens, tripulando o módulo da Apolo 11, chegavam à Lua. As coisas boas também acontecem.”
De lá para cá, o Brasil mudou. Para melhor."

Minha segunda pele, mano!