Iran

Michael Jackson

Hey Michael Jackson,

Your boogie ´s got me in a super trance!

Thanks, bro!

Renascimento Revisited

A secularização das atitudes, o graças a Deus extinto, o pelo amor de Deus silenciado, será o reconhecimento de que as ações tem fins derivados de processos que, no fundo, são apenas a manutenção de um existir derivado da necessidade de auto sobrevivência, seja ela material, em sua maioria, ou imaterial, nas necessidades psíquicas.

Loki - Arnaldo Baptista

Estou em campanha!

Campanha para que todos saiam de casa para ir ao cinema ver o filme "Loki, a vida de Arnaldo Baptista", líder dos Mutantes e um dos maiores responsáveis pelo que aconteceu de bom na música brasileira nas últimas décadas.

Filme excelente! Documentário honesto!

Abaixo, trailer completo!



Gosto muito das palavras do Lobão no filme.

Amizade

Amigos queridos no casamento do Breno (o segundo da direita para a esquerda).

Também fui padrinho, usei essa gravata azul claro.

Gosto muito e me orgulho de fazer parte da mesma história que eles e de poder me emocionar vendo "meu irmão mais novo" se juntar à mulher amada.
Essa foto conseguiu transmitir com propriedade a alegria que nos toma sempre que nos encontramos.

Tudo muito honesto e puro, como tem que ser!

Na foto: Gui Nabut, Fredim, Breno e Dudu.

David Bowie - Heroes

Eu gosto muito de David Bowie.



"I, I can remember
Standing by the wall
And the guns shot above our heads
And we kissed as though nothing could fall

And the shame was on the other side
Oh we can beat them forever and ever
Then we could be heroes just for one day"

A África está mudando

Reproduzo abaixo, post de 18 de maio do blog Pé na África (link ao lado), do jornalista Fábio Zanini, que fala das eleições presidenciais no Malaui, país próximo a Moçambique, que visitei em 2001.

Mostra como as mudanças vem acontecendo na África, principalmente na implementação de regimes democráticos. Prova disso é o ex-presidente Bakili Muluzi, antecessor ao atual, Bingu wa Mutharika, que tentou aprovar uma lei no parlamento para poder concorrer a um 3º mandato e a mesma foi rejeitada.

Artigo bom para sabermos um pouco mais do que tem acontecido naquele continente.

Análise da BBC: Clique aqui.

18/05/2009

Por que o Malaui é importante

Cada pequena história de democracia na África conta, mesmo que num país sem importância estratégica nenhuma, como é o caso do Malaui.

Explico.

O país vai às urnas amanhã para eleger seu novo presidente e seu novo Parlamento, para um mandato de cinco anos. A eleição está emocionante: as pesquisas de opinião indicam um empate técnico entre o presidente Bingu Wa Mutharika e o opositor John Tembo (há cinco candidatos menores concorrendo).

Só isso já seria motivo de celebração. Um presidente que disputa a reeleição, passa um calor e pode perder para seu opositor. Algo que ainda é muito pouco comum na África.

Verdade que nos últimos anos transferências democráticas de um partido para outro, base de qualquer regime constitucional minimamente sério, têm se tornado mais freqüentes. Aconteceu em Gana e Serra Leoa, para dar dois exemplos.

Mas ainda são uma triste exceção. Na África, há três padrões:

a-) o ditador que simplesmente não tolera oposição e quando muito encena eleições que são uma farsa. Exemplos: Líbia, Chade, Egito.

b-) o presidente que organiza eleições, admite oposição e até um semblante de liberdade para a campanha, mas na última hora patrocina fraudes que transformam todo o processo num simulacro de democracia. Exemplos recentes: Quênia, Nigéria e Zimbábue.

c-) o partido que tolera eleições porque sabe que vencerá de maneira esmagadora, tamanho é seu controle sobre as instituições de Estado. Exemplos: África do Sul, Moçambique, Angola.

Poucos são os casos em que temos competição de verdade. O Malaui é uma promessa nesse sentido, após cinco longos anos de turbulência política.

Há mais sinais animadores no pequeno país de 13 milhões de habitantes, encravado entre a Zâmbia e Moçambique, e com um dos mais belos lagos do continente africano. Um ex-presidente que já serviu por dois mandatos, Bakili Muluzi, tentou na última hora desafiar a Constituição e candidatar-se por uma terceira vez.

A Corte Suprema do país entendeu que isso não é possível, mesmo com Muluzi estando fora do poder já há cinco anos (ou seja, não seriam três mandatos consecutivos). E o ex-presidente aceitou graciosamente a decisão.

A campanha até aqui tem sido extraordinariamente calma. Mas também havia sido calma no Quênia no final de 2007, e uma apuração emocionante, com provável roubo por parte do partido governista, descambou numa onda de caos e limpeza étnica.

Hoje, temos algo como 20 países democráticos na África, de um total de 53. Mas é um avanço tremendo com relação a dez anos atrás, quando eram meia dúzia.

Por isso, se a eleição no Maláui amanhã for transparente, mesmo que ganhe o presidente, mais um país poderá ser incluído na coluna das democracias africanas.

Um país miserável, com PIB per capita de ridículos US$ 800 por ano (10% do brasileiro), exportações baseadas no fumo e milho e que passa despercebido no radar geopolítico mundial.

Mas na África é assim. Cada passo, por menor que seja, conta muito.

Em breve, saberemos o resultado.

Nota: o presidente Bingu wa Mutharika foi reeleito.

Ryszard Kapuscinski


"Anos atrás, passei a noite de Natal no Parque Nacional de Mikumi, no interior da Tanzânia. Era uma tarde quente, clara e sem brisa. Em um descampado no meio do mato e debaixo de um céu desprovido de nuvens, foram postas algumas mesas e, sobre elas, peixes assados, arroz, tomates e pombe, a cerveja local. Tudo iluminado por velas e lâmpadas de querosene. O ambiente era descontraído e, como é comum na África nessas ocasiões, com muitas piadas e risos. Estavam presentes vários ministros de Estado da Tanzânia, embaixadores, generais e chefes de clãs. A meia-noite já havia passado quando senti a impenetrável escuridão, que começava logo depois das mesas iluminadas, balançar e ribombar. O barulho e o tremor foram ficando cada vez mais fortes, até que, do negrume por trás de nós, irrompeu um elefante. Não sei se alguém já deu de cara com um elefante - não um elefante de zoológico ou de circo, mas um saído das selvas da África, onde ele é o formidável senhor do mundo. Quando o viram, as pessoas foram tomadas de pânico. Um elefante solitário e desgarrado do bando é um animal enfurecido e tresloucado; ataca vilarejos, esmaga choupanas e mata homens e gados.

O elefante é monstruoso. Contempla-nos com um olhar penetrante e está imóvel e quieto. Não sabemos o que vai pela sua enorme cabeça nem o que fará em seguida. Permanece parado por alguns momentos e depois, calmamente, começa a passear entre as mesas. O silêncio é sepulcral - todos estão paralisados de medo. Ninguém pode se mexer, pois qualquer movimento despertaria a sua fúria, e ele é um animal rápido; não há como fugir. Por outro lado, sentados, nos colocamos à sua mercê, nos expomos ao seu ataque, corremos o risco de ser esmagados pelas patas do gigante.

O elefante continua o passeio, olha para as mesas postas e para as pessoas estáticas. Seus movimentos e o balançar da cabeça indicam que está hesitante, que não consegue decidir que atitude tomar. Isso dura uma eternidade. Em dado momento, intercepto seu olhar. Ele nos fitava com atenção e em seus olhos notei alguma tristeza.

Por fim, depois de algumas voltas em torno das mesas e da clareira, o elefante nos deu as costas e mergulhou na escuridão. Quando o solo parou de tremer e a escuridão voltou a se aquietar, um dos tanzanianos sentados perto de mim perguntou: "Você viu?". "Sim", respondi, ainda incapaz de me mover. "Um elefante". "Não", retrucou o tanzaniano. "O espírito da África sempre aparece na forma de um elefante porque um elefante não pode ser derrotado por nenhum outro animal. Nem pelo leão, nem pelo búfalo, nem pela serpente."

As pessoas se dispersaram em silêncio e os meninos apagaram as luzes sobre as mesas. Ainda era noite, mas já estava próximo o momento mais deslumbrante de toda a África - o amanhecer."

Ryszard Kapuscinski em "Ébano, Minha vida na África"

Minha homenagem a quem melhor descreveu o espírito africano em seus inúmeros livros e artigos que, como jornalista e escritor, escreveu sobre a África.

Rio de Janeiro


Quero ser teu funk

Gilberto Gil

Quero ser teu funk
Já sou teu fã número um
Agora quero ser teu funk
Já sou teu fã número um

Funk do teu samba
Funk do teu choro
Funk do teu primeiro amor
Rio de Janeiro
Bela Guanabara
Quem te viu primeiro, pirou

Chefe Araribóia, que andava
De Araruama a Itaipava
Não cansava de te adorar
Depois te fizeram cidade
Te fizeram tanta maldade
E um Cristo pra te guardar

Quero ser teu funk
Já sou teu fã número um
Agora quero ser teu funk
Já sou teu fã número um

Funk do teu morro
Funk do socorro
Que o pivete espera de alguém
Rio de Janeiro
Sou teu companheiro
Mesmo que não fique ninguém

Mesmo que São Paulo te xingue
Porque te cobiça o suingue
O mar, a preguiça, o calor
Lembra da Bahia, que um dia
Já mandou Ciata, a tia
Te ensinar kizomba nagô

Quero ser teu funk
Já sou teu fã número um
Agora quero ser teu funk
Já sou teu fã número um

Funk da madruga
Funk qualquer hora
Funk do teu eterno fã
Funk do portuga
Que te amava outrora - e agora
Funk da turista alemã

Rio de Janeiro, Rocinha
Sempre a te zelar, Pixinguinha
Jamelão, Vadico e Noel
Funk são teus arcos da Lapa
Funk é tua foto na capa
Da revista Amiga do céu


Foto: Laura Pantaleão

Informação extensional!

Fragmento delicioso do filme Doces Bárbaros, que mostra o depoimento do delegado que prendeu Gilberto Gil em Florianópolis, em 1976, por porte de maconha.

Delicioso é o depoimento do Gil e de Chiquinho Azevedo, no final do vídeo.

O resto é a imagem da truculência!


"A gente ficou muito junto da verdade o tempo todo e isso tem ajudado muito a gente. A gente tá nessa. A gente tá aí. A gente não tem vergonha de nada, não temos dúvida do que a gente é. A gente é isso aí, pessoas de hoje, século 20, 1976, gente do após-calipso!!"

Gilberto Gil

Por um mundo melhor - Allan Sieber


Clique na imagem para amplia-la!

Do blog do PVC

Meus filhos não falam palavrão
Paulo Vinícius Coelho - Jornalista Esportivo - ESPN Brasil


Não há nada pior para um país do que seus habitantes não acreditarem nele.

Na sexta-feira, na sabatina da Folha de S. Paulo, Ronaldo disse que ficará no Brasil e pensará no final do ano se segue jogando por mais um ano. Disse também que pretende que seus filhos vivam na Europa.

A razão, segundo ele, é segurança e educação. O exemplo é sua percepção de que os amiguinhos brasileiros de seu filho, Ronald, são mal educados e falam palavrões demais, diferente de quando convive com seus colegas europeus.

Na entrevista, Clóvis Rossi questionou Ronaldo se esse raciocínio não era racista. Ronaldo respondeu: é realista.

Desde seu retorno, Ronaldo impressiona pela clareza com que expõe seus pontos de vista. Boa parte deles, brilhante. Outros, nem tanto.

Meus filhos têm 9 e 6 anos, respectivamente. Sempre viveram no Brasil. Têm um pai presente, modéstia à parte, que conhece todos os seus amiguinhos. Todos bem educados e que não falam palavrão.

Ronaldo conviveu com a diversidade e tem o incrível mérito de ter aprendido com ela. Diferente de parte de seus colegas, que viveu na Europa e não aproveitou a experiência. Ronaldo aprendeu a viver bem em Milão, Madri, Barcelona... No Brasil, cresceu em Bento Ribeiro.

Não sei com quem os filhos de Ronaldo convivem quando estão no Brasil. Imagino que vivam em boa companhia, quando estão na Europa.

Por aqui, meus filhos têm uma vida de classe média e aprendem que gente legal existe em todos os países. Gente mal educada também.

Não se nega a Ronaldo o direito de deixar seu filho vivendo na Europa. Pretendo mesmo que os meus pequenos tenham a opção de morar onde julgarem melhor. Espero também que escolham sem nenhum tipo de preconceito. É possível que vivam bem e tenham amigos bacanas no Japão, nos Estados Unidos, no Brasil, em Buenos Aires ou na Europa.

O que não dá é para espalhar a ideia de que todas as crianças brasileiras falam palavrão e são mal educadas. Não sei onde Ronald tem andado. Mas a gente pode arrumar amiguinhos brasileiros bem mais legais para ele.
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Fonte: Clique aqui.

Obama e o mundo muçulmano

Aos 29 anos, nunca vi um presidente americano falar tão claramente o que realmente deve ser dito sobre o conflito árabe israelense.

O discurso de Obama ontem no Cairo, numa tentativa legítima de aproximar os EUA do mundo islâmico, é uma daquelas peças de oratória que só quem está afim de enganar a agenda mundial ou de realmente fazer alguma coisa concreta pode fazer.

E eu acredito que o Obama está no segundo grupo.

Discurso completo, clique aqui (em inglês).

Vídeo com trecho do discurso, abordando o tema do conflito israel-palestino.


So long as our relationship is defined by our differences, we will empower those who sow hatred rather than peace, those who promote conflict rather than the cooperation that can help all of our people achieve justice and prosperity. This cycle of suspicion and discord must end.

RATM - Renegades of Funk

Originalmente composta por Afrikaa Bambaataa, a música Renegades of Funk é um marco dentro da mistura entre música e os movimento pela consolidação dos direitos civis nos EUA.

Fala dos heróis, os renegados da história, inclusive os do funk e sua luta para fazer sua música ser ouvida até mesmo pelos negros e fazer da mesma um instrumento de luta e contestação, assim como o hip-hop o é hoje em dia, nas periferas do mundo todo. Faz-se também uma ligação entre vários renegados e sua época, sua luta.

Em 2000, a banda Rage Against the Machine fez sua versão da música, lançada em um sigle homônimo.

"Diferentemente de outras canções, onde basicamente utlizamos apenas uma folha de papel e uma música escrita para a mesma, tivemos muito trabalho. Conseguimos fazer a original, toda cortada, durar 12 minutos. A versão final ficou menor, mas depois de muito trabalho. Era uma música de break dance. Você a toca e, de repente, depois do coro, ela muda radicalmente. Foi uma experiência única, um arranjo único, o mais difícil de todos. A música que o RATM trabalhou mais arduamente. E deu certo", diz Tom Morello, guitarrista da banda.

E como deu. Ficou semanas no topo das paradas de Radio & Records Alternative and Active Rock.

E o vídeo, recomendadíssimo!

"'Renegades are the people with their own philosophies
They're the people who make history
Everyday people like you and me"

"There was a time when our music
Was something called the Bay Street beat
People would gather from all around
To get down to the big sound
You had to be a renegade in those days
To take a man to the dance floor"

Ouça o disco!

Disco: Ed Motta & Conexão Japeri
Ed Motta & Conexão Japeri
Funk, Soul

Manuel
pam pam pam pam pam pam
foi pro céu!

Quem, da minha geração, não" gostava de música americana e ia pro baile dançar todo fim de semana?"

Ed Motta fez muita gente dançar com esse disco. Com clássicos como Manuel, Vamos dançar, Parada de Lucas e uma das melhores bandas do Rio de Janeiro na década de 80, a Conexão Japeri, esse disco tornou-se uma referência na música brasileira. Ok, você pode dizer que nos anos 80 não tivemos muitas obras-primas, mas esse disco é fantástico.

Muito soul, metais bem tocados e a "faixa ao vivo" A rua (a rua, a rua, eu gosto é da rua) com uma vinheta progressiva nos seus últimos 40 segundos (I go funk, yeah!) de deixar qualquer baixista boquiaberto.

Um dos meus favoritos. Simples e muito bom. O tenho em vinil, cd, mp3...rs!

E pensar que o Ed Motta o gravou aos 18 anos.

"já decidi
que o dinheiro
não vai pagar
não vai pagar
a minha paz"

Spread the word and you´ll be free



The word - Beatles

Say the word and you'll be free,
Say the word and be like me,
Say the word I'm thinking of,
Have you heard the word is love.

It's so fine, it's sunshine,
It's the word love.

In the beginning I misunderstood,
But now I've got it the word is good.

Say the word and you'll be free,
Say the word and be like me,
Say the word I'm thinking of,
Have you heard the word is love.

It's so fine, it's sunshine,
It's the word love.

Everywhere I go I hear it said,
In the good and the bad books that I have read.

Say the word and you'll be free,
Say the word and be like me,
Say the word I'm thinking of,
Have you heard the word is love.

It's so fine, it's sunshine,
It's the word love.

Now that I know what I feel must be right,
I mean to show ev'rybody the light,
Give the word a chance to say,
That the word is just the way,
It's the word I'm thinking of,
And the only word is love,

It's so fine it's sunshine,
It's the word love.

Say the word love,
Say the word love!