Eu mudei de signo!

Estou em uma profunda crise de identidade. :)

Há alguns dias estava na casa da Thais e estávamos discutindo astrologia e escutando uns vinis. Lá na beira do lago, no apê dela.
Conversa vai, conversa vem, e, como nos conhecemos há poucos dias, ela resolveu fazer meu mapa astral pois começou a duvidar de minha situação como pisciano, já que nasci no último dia do signo do estimado animal aquático.

Fazendo os cálculos, utilizando a data e o horário de meu nascimento, descobrimos, depois de prova e contra-prova, que sou um ariano legítimo. Com direito até a ascendente diferente do cantado pelo saudoso Renato Russo, "peixe ascendente escorpião".

Fiquei assustadíssimo.

Pensei: e agora, o que faço? Deixarei de ser tudo o que sempre fui? rs

Confesso que tremi.

Depois de me identificar por 29 anos com um signo eu descubro que aquele velho jornal da minha cidade natal, onde eu seguia diariamente meu horóscopo e que me ensinou que quem nasce dia 20 de março é pisciano, estava errado, ou incompleto.

Isso sim é que é um péssimo jornalismo. Vou até conversar com meu amigo Milton Castro para ver se cabe um processo por danos morais.

Não importa, antes tarde do que nunca - agora sou ariano!!!

Na foto: eu e meu amigo Alexandre..nessa época eu ainda era pisciano...bons tempos!

Eleições Presidenciais - Maio de 2009

Será que vai dar Dilma? Ela é candidata? Será que o PSDB vai de Serra e Aécio de vice? E o Ciro Gomes?
Nada disso está muito certo, até porque falta muito tempo para as eleições e um país e vários estados para serem governarnados.

Mas uma coisa me intriga. As pessoas que ainda acreditam que o Lula vai patrocinar uma aventura de 3º mandato. Isso é impensável e ele é o primeiro a ter o mínimo de inteligência para saber que isso é uma aventura irresponsável para um país com a democracia na "boquinha da garrafa" para ser definitivamente consolidada.

O Lula é uma pessoa sagaz, quer uns meses de férias e depois vai embarcar numa empreitada internacional, numa ONU, numa grande empresa, abocanhar um Nobel da Paz.

Acho que a trajetória do Lula será muito parecida a do Al Gore. Abraçar um tema da agenda mundial e fazer valer a sua voz. Isso sim é altivez, não uma mesquinhez de terceiro mandato.

Faço minhas as palavras de Kennedy Alencar, em seu blog no Folha On Line.

Lula, Dilma, plano B e Aécio
Kennedy Alencar

A oposição tem o hábito de subestimar a inteligência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É um erro porque contamina a eficiência de sua estratégia. Com informação errada, a chance do insucesso só faz crescer. Exemplo mais recente: levar a sério a ideia de que Lula deseja disputar um terceiro mandato consecutivo.

Quem realmente tem informação do que se passa no núcleo do governo sabe que isso é bobagem. Lula rejeita tal tese por uma série de motivos. Citemos apenas três. Convicção de que seria um retrocesso institucional, argúcia política e noção exata de que seria uma batalha de alto custo e baixo benefício.

O presidente acredita que articular uma nova alteração da regra do jogo presidencial seria pedagogicamente danoso à democracia. Lula gosta do reconhecimento externo que conquistou. Deseja fazer política internacional quando passar a faixa ao sucessor em 1º de janeiro de 2011. A tese do terceiro mandato só o diminuiria aos olhos da comunidade internacional. Passaria a imagem de velho caudilho latino-americano.

Outro senão: o petista seria acusado de repetir Fernando Henrique Cardoso, presidente da República que patrocinou a casuística mudança constitucional de 1997 para poder concorrer à reeleição em 1998. Mais: Lula dirá que o povo até queria, mas ele teria pensado na estabilidade democrática mais do que FHC. No duelo algo pessoal com o tucano, levaria vantagem.

O governo está passando sufoco no Senado com a CPI da Petrobras. Está vendo o que é depender e confiar no PMDB. Alguém imagina o custo de aprovar uma emenda constitucional naquela Casa? São necessárias duas votações com quórum qualificado _três quintos, o que dá 49 dos 81 senadores. Lula teria de entregar a Petrobras, o pré-sal e até as meias para aprovar uma mudança desse tipo. De bobo e louco, Lula não tem nada.

Melhor patrocinar uma candidatura com alta chance de sucesso. Por ora, é Dilma. Não tem plano B autorizado por Lula. Em 2014, ele poderia ser candidato novamente, a depender do prestígio futuro. No cenário de eleger o sucessor e de disputar com sucesso em 2014, Lula poderia até tentar concorrer em 2018. Tem gente no PT que pensa em 20 anos de poder.

A oposição bate na tecla do terceiro mandato achando que desgasta Lula. Avalia que transmite a ideia de que ele está louco para ceder a uma tentação chavista. No entanto, pode estar somente fortalecendo o presidente, transmitindo a imagem de que ele é tão bom que não tem substituto à altura.

*
Quem fala no plano B

Os políticos que mais desejam uma alternativa à ministra Dilma Rousseff, caso a chefe da Casa Civil desista de ser candidata, são os aliados do PMDB. No PT, só gente de pouco peso pensa no assunto. Mas eles têm algo em comum: estão instalados no poder e não desejam sair dele. Daí falar em terceiro mandato ou noutro nome para o lugar de Dilma.

As especulações de plano B são muitas e incipientes. Todas devem ser vistas com o devido desconto. O ex-ministro Antonio Palocci Filho, que tem a tatuagem da violação do sigilo do caseiro, é o primeiro da fila. O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, agrada a parcela do PMDB. Facilitaria um acordo em Minas. Apoio a Patrus para a Presidência em troca do suporte à candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações) ao Palácio da Liberdade. Michel Temer, presidente do PMDB, poderia ser vice para compor uma chapa café com leite e fazer frente à dupla tucana Serra-Aécio.

Pura opinião: Lula vai de Dilma.
*
Jogo tucano

É natural que o governador de Minas, Aécio Neves, tenha ficado chateado com a revelação de que ele fez acordo com o colega de São Paulo, José Serra. Aécio aceitou ser vice de Serra, condicionando isso a uma saída honrosa. A intenção era anunciar o acordo em agosto ou setembro, enquanto a ministra Dilma ainda deverá estar em recuperação, a fim de acelerar uma ofensiva para fazer alianças com o PMDB nos Estados.

A repercussão da divulgação do acordo gerou atrito no PSDB. Aécio se sentiu traído por seus colegas de partido. Ele precisa de tempo para construir um discurso de saída no qual leve vantagem: popularizar o seu nome pelo país, pois ainda tem alta taxa de desconhecimento para quem deseja disputar a Presidência.

A divulgação da notícia afetou esse cronograma, que, talvez, precise ser alterado e leve o mineiro a exigir uma prévia mais restrita, no começo de 2010, a fim de dar caráter natural a uma união que formaria uma chapa bastante competitiva.
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Palpite: Minas pode decidir a eleição. Primeiro, carregando votos para Serra caso Aécio seja o vice. E, segundo, PMDB pode condicionar o apoio a Dilma, se ela for a candidata, ao apoio do PT a Hélio Costa ao governo mineiro. Será que Patrus e Pimentel abrirão mão de concorrer ? É esperar para ver.

To be or not to Bop

Essa semana, nos deslocamentos de um local para outro, em casa, nos momentos de descontração, ele aparece em meu som, emitindo notas incríveis.

Dizzy Gillespie, o trompetista!

"A Night in Tunisia"


Adoro esse sopro!

Cherry Blossom

A minha favorita.

Do your thing!

If the music make you move, cause you can really groove
Groove on, groove on
If you feel like you wanna make love under the stars above
Love on, love on
If theres something you wanna say, and talkin is the only way
Rap on, oh, rap on

Cause whatever you do, you´ve got to do your thing


If you feel like you wanna scream cause thats your way of lettin off steam
Scream on, scream on
If you feel like you wanna sing cause singing is your thing
Sing on, sing on
If you wanna make love all night and you feel its right
Right on, right on

Cause whatever you do, you´ve got to do your thing
Do your thing...

...

by Kashmere Stage Band, de uma música de Isaac Hayes

Ouça os discos!

Sabe aquelas bandas americanas de colégio, reunidas para tocar nos bailinhos de fim de ano escolar super manjadas e que também participavam dos concursos de bandas nessas mesmas instituições ?

Pois é. A Kashmere Stage Band é uma dessas bandas que deu certo. E muito.

A banda foi formada na Kashmere High School em 1968, na vizinhança negra de Kashmere Gardens em Houston, Texas. O professor de música do colégio, Conrad Johnson, montou um projeto para criar oportunidades para os estudantes da escola que também eram músicos. Deu certo.

Durante vários anos a Kashmere Stage Band participou de vários concursos nacionais e ganhou a fama de ser imbatível nesses mesmos concursos, ganhando vários e chamando atenção por onde passavam com seu big-band soul-funk de botar todo mundo para dançar.

Confesso que uma das bandas que mais me impressionaram pela qualidade ritmica e conjunto que mostram. Coros fantásticos, letras bacanas e um trio de metais estonteante! (Quantos adjetivos, será que eu gosto desse som? rs)

Abaixo, uma descrição do blog Ouro de Tolo.

"Uma banda de colégio. Em teoria, era essa a atribuição normalmente usada para a Kashmere Stage Band, como tantas outras bandas colegiais, chamadas de "stage bands", que costumavam duelar nas chamadas "batalhas".
O engraçado da história é que a banda da Kashmere High School, além do talento de seus garotos, tinha um cara diferenciado a sua frente, que era Conrad. O. Johnson, mais conhecido entre seus alunos como "Prof". Ao que consta, o "Prof" era um grande conhecedor de música além de um homem visionário, que não se prendia a correntes e estava sempre ligado na evolução da música negra.
Com um groove pesado, aliado a muito funk, batidas empolgantes, belos solos, arranjos sensacionais e grandes improvisos, a Kashmere Stage Band acabou por transceder o som feito por outras bandas colegiais e até por bandas profissionais."

Do palco do colégio para o seu som: a discografia inteira da banda pode ser encontrada aqui, no blog do Saravah Club, que a definiu assim: "Eis ai uma 'Big Band' fodástica; o som dessa rapaziada levanta defunto fácil fácil. Quem já conhece sabe que eles não são farofa. Recomendadíssimo."

Precisa falar mais alguma coisa ?

Ah, e de início recomendo o Disco Zero Point, cuja capa ilustra esse post.

Índia

A foto acima é bastante significativa. Mostra corretores da Bolsa de Valores Mumbai comemorando uma alta de 17% de seu índice, que chegou a quase 15.000 pontos, forçando seu fechamento antecipado.

Tudo isso devido à vitória esmagadora do Partido do Congresso (INC), herdeiro da dinastia de Sonia Gandhi e Nehru ns eleições legislativas indianas deste fim de semana. O partido que, nos últimos anos, se viu impedido de realizar reformas econômicas e trabalhistas devido a alianças com partidos de esquerda, terá mais alguns anos para implementar sua agenda. A apenas 11 cadeiras da maioria absoluta, deve fazer alianças com partidos regionais e garantir quórum para as reformas tão necessárias naquele país asiático.

Laico, nacionalista e atuante no movimento independentisa, o Partido do Congresso pode ser considerado um dos maiores responsáveis pelo recente boom econômico indiano. Com bons quadros técnicos em suas fileiras, incluíndo o primeiro ministro Manmohan Singh, o primeiro líder advindo da etnia sikh, o partido está livre das amarras religiosas que tanto prejudicam o seu oposicionista, o Bharatiya Janata Party (BJP), de forte influência hindú.

A história do Partido do Congresso se assemelha muito à do PT. Depois de anos pregando bases socialistas, foi um dos grandes partidos reformista e liberalizantes da economia indiana. Investiu fortemente em educação e em escolas tecnológicas, transformando o país de Mahatma Gandhi em uma referência na formação de engenheiros e na produção de tecnologias. O Partido baseia a formulação de suas política sociais no conceito de Sarvodaya "mudança de classes" (upliftment) que estimula o investimento nas castas mais baixas da sociedade. A utilização de cotas educacionais e econômicas é recorrente na Índia. Na política externa, utilizam o não alinhamento como política primordial.

Com as reformas lideradas pelo novo governo de Singh, as chances de garantir dois dígitos de crescimento anuais crescem consideravelmente. Além disso, as políticas sociais devem ganhar novo fôlego. Como todo partido político, o INC não está livre de acusações e críticas mas, hoje, me parece, com a agenda que representa, o melhor para a Índia.
Na foto, os líderes dos BRIC´s em um encontro em Moscou. Da esquerda para a direita: Singh, primeiro ministro indiano (o turbante caracteriza a etnia sikh), Medvedev, presidente russo, Jintao, presidente chinês e Lula.

Fotos: FP e Kremlin Images

Grande Saússa de Brasília

Amigo é uma coisa boa demais!

Na foto: Indú, Fabão, Vitor e eu!

Recebi e Compartilho

Quem fala de partir

"Não muitos terão tido a vida inteira
esta febre de andar por vários mundos
buscando ansiosos o nada nosso e deles
que ao menos nada finge em gente e coisas...

E não terão, portanto, na memória
o tanto haver partido para longe,
para saberem que se parte sempre,
e não se volta nunca."

Jorge de Sena

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Suingada

Fico imaginando o que passa na cabeça de músicos que fazem músicas suingadas.
Como o Jorge Ben, o rei do suíngue.
Esses caras devem ter um amor pela vida muito grande.
Devem escrever suas partituras com aquele sorriso de canto de boca.

Imaginando curvas, rebolados, pés mexendo, cinturas pra cima e pra baixo.

Aí tocam pra gente.
Dançamos, cantamos, miramos os remelejos, olhamos para elas com outros olhos.
Que coisa essa morena dançando!

Esses caras sabem das coisas.

Esse suíngue é afrodisíaco.
Esse suíngue é coisa nostra!

Artigo

Há 5 anos eu e meu amigo André Almeida escrevemos o artigo abaixo, que foi publicado na Gazeta Mercantil de Fevereiro de 2004. O escrevemos durante nosso estágio na ONU, em Genebra.

Tenho muito orgulho dele pois suscitou debates à época e foi importante para a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) divulgar tanto o trabalho conjunto com os países em busca de investimento produtivo quanto a conferência que seria realizada no Brasil dali poucos meses.

Compartilho com vocês.

A foto foi tirada durante o evento :)
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INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E DESENVOLVIMENTO.

25 de Fevereiro de 2004 - Um fato aparentemente comum: o presidente Lula ouve atentamente, com ajuda de um intérprete, o dirigente de uma corporação internacional anunciar o investimento de um bilhão de dólares no Brasil. A cena revela, no entanto, uma nova perspectiva no cenário internacional, já que o interlocutor é representante de uma corporação chinesa. Dois aspectos sugerem o seu ineditismo: o avanço da nova política externa brasileira em direção às nações prioritárias (Índia, China e África do Sul) e a presença chinesa entre os novos investidores mundiais. Essa cena aconteceu em Genebra, Suíça, durante o "Encontro de Alto Nível para Investidores Estrangeiros", organizado pelo governo brasileiro juntamente com a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), no último dia 29 de janeiro.

Durante dois meses trabalhamos - como estagiários da Unctad - na força-tarefa montada para cuidar da organização do evento. Foi para nós um privilégio fazer parte desse esforço, como os únicos estudantes brasileiros, com a oportunidade de contribuir em todo o processo. O evento teve como objetivo atrair investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil, tendo como principal foco as empresas transnacionais.

Segundo o "Relatório sobre Investimentos no Mundo" (World Investment Report), produzido anualmente pela Unctad, os IEDs no Brasil declinaram de US$ 18 bilhões, em 2002, para US$ 11 bilhões em 2003, o que representa 1/3 do que o Brasil recebeu em 2001. O encontro em Genebra foi uma tentativa de reverter esse quadro, apresentando o que o País tem feito para introduzir regras claras e sólidas.

O público-alvo do encontro eram os presidentes mundiais das maiores empresas européias, escolhidas estratégicamente pela agência Investe Brasil, além de algumas empresas asiáticas. Se não fosse possível garantir a presença do presidente da empresa, um alto executivo, com poder de decisão, poderia representá-lo. A expectativa era reunir cerca de 150 altos executivos e pelo menos 15 presidentes. Mas a previsão foi em muito superada, com a presença de 230 participantes, 50 deles presidentes (CEOs). Durante o encontro foram anunciados investimentos de cerca de três bilhões de dólares. Para que esse resultado fosse atingido, os esforços conjuntos da Unctad e do Ministério das Relações Exteriores e suas embaixadas foram decisivos.

Na sessão de perguntas e respostas, percebia-se claramente o interesse dos investidores
internacionais em dissipar qualquer dúvida sobre a real situação da economia brasileira e os próximos passos do governo. Confiança foi a palavra-chave. As questões dominantes abordaram temas como o novo marco regulatório do setor elétrico, sistema tributário (maior alvo de críticas por parte dos investidores), taxas de juros e a Parceria Público-Privada.

Em seu discurso, o presidente Lula ressaltou as vocações brasileiras e as principais características do seu povo, sua diversidade e vontade de crescer. Reafirmou também a importância das reformas estruturais e dos programas sociais de seu governo, como molas-mestras de um Estado ciente de suas capacidades e responsabilidades.

Em seu discurso de abertura, o embaixador Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad, enfatizou a necessidade de parceria entre os investidores internacionais e o Brasil na busca de resultados positivos. O embaixador também ressaltou o esforço que as Nações Unidas têm empreendido no sentido de promover o IED como poderoso instrumento de desenvolvimento econômico e de construção de ligações de investidores com economias locais.

Eventos como esse têm como função mostrar a investidores estrangeiros que o Brasil acolhe seus investimentos e faz sua parte para recebê-los. O governo brasileiro deixou claro que a busca de novos investimentos deve preservar um projeto de Nação que priorize a soberania nacional e os interesses do povo brasileiro. Reunir tantos investidores em torno de um único país não é tarefa fácil, mas nesse encontro internacional o governo brasileiro conseguiu dar um grande passo no sentido de alcançar as metas de investimento para 2004.

Os calorosos aplausos ao final do encontro podem ser interpretados como um reconhecimento à Unctad e ao governo brasileiro, que darão continuidade à parceria em junho deste ano, quando realizam em São Paulo o Unctad XI, décima primeira edição do encontro quadrianual da organização, tendo como tema principal "Buscando Coerência entre Estratégias Nacionais de Desenvolvimento e Processos Econômicos Globais em Direção ao Crescimento Econômico e ao Desenvolvimento". O encontro do mais alto organismo decisório da Unctad vai fixar prioridades e linhas de atuação. Será, sem dúvida, um dos eventos mais expressivos que ocorrerão no Brasil este ano, com previsão de 4 mil participantes, entre chefes de Estado, ministros e tomadores de decisão dos 192 países membros da organização.

kicker: IEDs no Brasil declinaram de US$ 18 bilhões, em 2002, para US$11 bilhões em 2003

(Gazeta Mercantil/Caderno A3)
(André Almeida e Frederico Paiva - Alunos de Relações Internacionais na PUC-Minas e estagiários da Unctad.).

A superioridade do vinil - Folha 13/05/2009



TESTE APONTA SUPERIORIDADE DO VINIL

Enquanto gravadora volta a apostar no formato, a Folha convida três experts a distinguir, às escuras, o som da bolacha e do CD

De Engenheiros do Hawaii a Nação Zumbi, Sony relança em vinil os álbuns de 30 artistas; importado dos EUA, disco custa R$ 90

BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL

De olho nos fãs de vinil, que mantêm suas vitrolas ativas e reviram sebos empoeirados atrás de bolachas, a Sony voltou a apostar no antigo formato.
A gravadora relançou em vinil o primeiro álbum de nomes como João Bosco e Chico Science & Nação Zumbi e prevê um total de 30 títulos, no mesmo modelo. Fabricados nos EUA, chegam às prateleiras brasileiras por R$ 90, ao lado de um CD com o mesmo produto.
Aproveitando os relançamentos, a Ilustrada propôs a três experts no assunto um desafio: decifrar, às escuras, o som do vinil e do CD, para desmistificar (ou não) a suposta superioridade da bolacha em relação ao disco metálico.
Para a tarefa, convidamos o guitarrista Edgard Scandurra, o colaborador Marcus Preto e o produtor e engenheiro de som Tejo Damasceno.
Reunidos em um estúdio, os três ouviram os mesmos trechos de três álbuns, cada um deles em vinil e em CD, e, sucessivamente, fizeram suas apostas. A primeira prova foi com a reedição de "Da Lama ao Caos" (Chico Science & Nação, 1994). Tejo e Preto distinguiram as duas mídias.
Além dos estalos que acabaram por denunciar o vinil, Preto argumentou que o som do CD era abafado e distorcido.
Já Scandurra se enganou quanto ao CD: achou que se tratava de um arquivo de MP3, para ele "uma amostra de música", por sua pouca qualidade.

Caixa de papelão

O álbum de João Bosco, de 1973, foi o segundo teste -desta vez, decifrado por todos.
Scandurra identificou o vinil pela riqueza de detalhes dos instrumentos, que, para ele, ficaram opacos no CD, argumento também sustentado por Preto. "Parece que eu estava ouvindo a música e colocaram uma caixa de papelão na minha cabeça", disse, sobre a superioridade do som do vinil em relação ao do CD.
Por fim, "Let There Be Rock", disco de 1977 do AC/ DC, em edição nacional.
Mais uma vez, a distinção ficou clara para o trio. Mas o disco em questão acabou por mostrar ainda a diferença de qualidade que se pode ter mesmo entre álbuns de vinil.
"Não é só a diferença entre vinil e CD", disse Preto, que, assim como Tejo e Scandurra, achou o vinil do AC/DC inferior aos dois primeiros, "ótimos", na opinião do guitarrista.
"Dá para perceber que esse vinil foi comprado nos anos 80. É daqueles fininhos, em que se economizava no material", afirma Preto. A gramatura, explica ele, influencia na qualidade do vinil -mais pesados, os vinis lançados pela Sony possuem 180 gramas.
O número de faixas, diz, é outra variável: quanto menos faixas, melhor a qualidade. "É a mesma coisa que comprar um vinho caro e um barato", conclui Tejo, sobre a diferenças entre vinis, além da superioridade apontada na cabra-cega em relação ao CD.
Resta saber se o público está disposto a pagar os R$ 90 cobrados pela gravadora, enquanto a música se espalha de graça pela internet. "Essa é a grande luta da indústria", diz Scandurra.

Nação Zumbi - Prato de Flores


Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim
Que vai florir

Histórias Extraordinárias - by Allan Sieber

Dia desses fui no Bradesco pegar uma grana no caixa eletrônico e eis que me deparo com essa foto na boca do caixa:

Entre impressionado e assustado, guardei o bizarro retrato no bolso e voltei para meu estúdio.

Em um espaço de duas horas várias pequenas tragédias aconteceram. Mostrei a foto para meu sócio e ele foi taxativo:

- Você NUNCA deveria ter tirado essa foto do lugar onde a achou! Devolva- a IMEDIATAMENTE!!!!

E assim o fiz. As coisas voltaram ao normal.

Falando sobre o ocorrido mais tarde com um amigo, tive o esclarecimento final:

- Qualquer coisa que venha do Bradesco é uma maldição.

É, faz sentido.

Vai, vai, vai, vai


Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer...

Kioskerman




Ele é argentino, dos bons. Mais? Aqui.
Para ampliar, é só clicar nas imagens.

Allan Sieber


Mais? Aqui!

Dois

Dois momentos para compartilhar.

Nação Zumbi na Praça da República:

Instalação do Fogo, Jardim da Luz, com a mesma trilha sonora tocada no local:

Essa Nação Zumbi pesa uma tonelada e esses franceses são muito bons!

Virada Cultural

Depois de anos passando vontade, fui à Virada Cultural em São Paulo.

Talvez um dos maiores eventos culturais do Brasil, com mais de 4 milhões de pessoas comparecendo aos mais de 42 centros educacionais, às praças públicas, ao Teatro Municipal, onde mais de 800 atrações se apresentaram.

Chegamos ao Centro por volta das 20 horas, logo após o início do evento. Chegamos no Largo do Arouche onde os shows do palco de música "brega" estavam rolando.

Andamos nos calçadões, onde os transeuntes faziam suas próprias apresentações, parávamos nos mais diversos palcos, admirávamos a arquitetura belíssima do centro da cidade.

Ver aquele tanto de gente, de todas as tribos, andando pela madrugada, curtindo um som, assistindo a diversas performances, mostra como a cultura pode ser uma atração para todos.

Tinha balé, cinema, Tom Zé, Wando, Zeca Baleiro, Cordel, Museu do Futebol, a cidade toda tomada. Imaginem uma cidade do tamanho de São Paulo tomada por eventos culturais.

Mais tarde fomos ao palco em homenagem a Raul Seixas, lotado, com todos cantando "Eu vou ficaaaarrrr, ficar com certeza, Maluco Belezaaaa". :)

Incrível, no Jardim da Luz, a performance da Cie Carabosse , chamada Instalação de Fogo, que consistiu em apagar todas as luzes do parque e acender vasos e outros materiais com fogo, ao som de uma música linda tocada em um pelourinho no meio do parque. Ficamos horas lá. Essa intervenção fez parte da comemoração do Ano da França no Brasil.

No outro dia, show da Nação Zumbi na praça da República e mais uma volta no centro.

A tarde, volta para Brasília.

Em 2010, de novo na Virada.



Fotos de Luciana Figueiredo e Priscila Azul.
Depois posto as fotos e os vídeos que fiz.